sexta-feira, março 27, 2009

ARTESAQNATO ICOARACIENSE - TAPAJÔNICO E MARACÁ





ARTESANATO ICOARACIENSE


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ARTESANATO DE ICOARACI - BELÉM PA

ATIVIDADES / GABARITO - ATIVIDADE AVALATIVA TURMAS 305 - 306 DA ESCOLA MHVT.

01 – Brasília, atual capital brasileira, foi projetada há pouco mais de quarenta anos, durante o governo de Juscelino Kubitschek. A proposta de centralização geográfica do poder político-administrativo nacional de JK seguia exemplos anteriores, desde o tempo do Brasil-colônia. Naquele período, a partir da descoberta de ouro na região central do país, tornou-se necessário o deslocamento da sede do poder colonial, transferindo-se de Salvador para outra localidade, que permaneceu como capital do país até 1960, ocasião em que houve a transferência para Brasília. A segunda capital brasileira foi:
(A) Recife.
(B) Vila Rica.
(C) Minas Gerais.
(D) São Paulo de Piratininga.
(E) São Sebastião do Rio de Janeiro.

02 – (UNAMA -2008) “Uma explicação convincente das transformações que permitiram a atual configuração geográfica do território brasileiro deve passar pelo processo da produção econômica, cultural e das relações sociais de trabalho. A maneira como ocorreu a valorização do território brasileiro pelo trabalho social é resultado de processos que se diferenciam através dos tempos. Cada momento, ao invés de desaparecer por completo, acabou deixando sua marca nos períodos posteriores, inserindo-se, assim, na reprodução das novas relações sociais e no novo espaço constituído.”
ROSS,Jurandir L. Sanches (Org.) Geografia do Brasil.São Paulo: EDUSP. 1995. p.338-9.

Muitas das marcas que foram deixadas durante o processo de formação do território brasileiro, ainda estão presentes na configuração atual do espaço brasileiro, como é o caso do (a) (s)...

(A) presença de grandes “símbolos” da paisagem geográfica e social do período colonial como:os canaviais, a casa grande e a usina de açúcar, no espaço rural brasileiro, principalmente na Amazônia e no Centro-Oeste do país, onde ainda hoje persistem, em grande escala, as relações de trabalho tradicionais, principalmente a meagem e a parceria.
(B) presença significativa de latifúndios na organização do espaço rural do país, evidenciando forte concentração da terra e uma estrutura fundiária injusta. Este aspecto é, em grande parte, responsável pela existência de violentos conflitos agrários no espaço rural nas várias regiões do país.
(C) maiores aglomerados demográficos e principais metrópoles estarem localizadas no interior do território nacional, resultado do tipo de colonização realizado no país, que teve direção interior/litoral, com grande contribuição das expedições que buscavam riquezas minerais e as “drogas do sertão”, as entradas e bandeiras.
(D) maior relevância econômica do setor primário, se comparado aos setores secundário e terciário, em especial os agro-negócios que, na atual conjuntura nacional, constituem a base econômica, e cuja verticalização na cadeia produtiva, torna o país um grande produtor e exportador de boi em pé, laticínios e carne.

03 – Os mapas ao lado retratam vários momentos do processo de ocupação do território brasileiro; analisando-os de acordo com o contexto histórico, podemos afirmar que:
(A) A Coroa portuguesa nos séculos XVI e XVII procurou respeitar a linha de Tordesilhas (1494) instalando povoados e vilas somente no litoral brasileiro.
(B) As fortificações militares e as missões religiosas constituíram-se na base da ocupação do extremo norte brasileiro que foi anexado ao território nacional a partir do uso de suas vias fluviais.
(C) O Tratado de Madri (1750) assegurou a Portugal o domínio sobre as terras brasileiras através do acordo “utipossidetis” sendo, portanto fixadas as fronteiras externas do Brasil, que até hoje mantêm-se inalteradas.
(D) A representação cartográfica dos mapas 1 e 2, utilizados nesta questão apresentam um grave equivoco, uma vez que de modo anacrônico, as fronteiras políticas atuais do Brasil, que só se fixaram no início do século XX, são “transportadas” para os territórios coloniais portugueses na América, gerando a falsa impressão da existência de um território brasileiro prévio, anterior à colonização, à independência e à política de fronteiras que se desenvolveu durante o século XIX, completando-se no início do século XX.
04 – Pautando-se no que foi estudado sobre o espaço colonial brasileiro, explique fatores de ordem natural que promoveram a instalação e desenvolvimento da agroindústria canavieira no nordeste brasileiro, nos séculos XVI e XVII. Eles seriam suficientes para explicar os espaços produzidos no nordeste colonial?

05 – Dentro processo de organização e produção dos espaços brasileiros na economia colonial, quais foram as conseqüências do empreendimento que ficou conhecido como bandeirismo prospector, no final do século XVII.

06 – Leia o texto abaixo e analise-o utilizando os conhecimentos obtidos com o estudo das frentes de expansões econômicas do Brasil-colônia, entre os séculos XVI e XVIII.
“Sem nenhuma dúvida, os sítios urbanos de topografia mais atormentada correspondem às cidades da mineração, nascidas em conseqüência da exploração do ouro ou do diamante, cujos embriões foram os arraiais do Bandeirismo e a ‘currutelas’ das áreas de garimpagem diamantífera [...]. Na região canavieira do Nordeste, a obra urbanizadora foi tão notável como se poderia esperar tendo em vista sua densidade demográfica e o lugar de destaque que ocupa na economia regional [...]. Por diferir substancialmente em sua estrutura econômico-social e por abranger vasta área territorial, as fazendas de gado (quer assim se denominem, quer se chamem currais ou estâncias) criaram um número muitas vezes maior de aglomerados urbanos, tanto no Nordeste, como na Bahia e no sul do país.” (Aroldo de Azevedo. Brasil, a terra e o homem, vol. II, p. 237 e 244)
a) Com relação à criação de núcleos urbanos no período colonial, qual das três atividades econômicas indicadas no texto desempenhou importante papel urbanizador? Justifique sua resposta, apontando uma razão de ordem socioeconômica para explicar tal fato.
b) Baseando nos tipos de espaços geográficos produzidos no Brasil, durante o período da economia colonial, em qual deles você classificaria as três atividades econômicas descritas no texto?





GABARITO DAS ATIVIDADES.

QUESTÕES/ ALTERNATIVA:
01 – E
02 – B
03 – D
04 – Podemos destacar, o clima quente e úmido da Zona da Mata; os solos de massapé (de alta e média fertilidade); a posição geográfica e a mata atlântica, entre outros. Todavia, somente esses fatores naturais não são suficientes para explicar a grande expansão da cana-de-açúcar no Nordeste brasileiro no início do período colonial. O grande mercado consumidor europeu, a manutenção da soberania sobre o território e a própria expansão mercantilista (capitalismo) em busca de lucros, são também fatores indispensáveis para compreender as razões da implantação de plantations açucareiras na zona da mata nordestina.
05 – As expedições bandeirantes (prospector) trouxeram como conseqüências: a descoberta de ouro no Brasil (sobretudo em Minas Gerais e Mato Grosso), que promoveu a urbanização e a interiorização do povoamento luso-afro-brasileiro; o deslocamento do pólo político-administrativo da colônia de Salvador para o Rio de Janeiro e a abertura dos chamados caminhos da mineração, que possibilitou maior integração entre as regiões do território.
06 – a) A atividade mineradora e, em segundo lugar, a pecuária desempenharam papel urbanizador. Isso tudo em virtude da auto-suficiência que possuía o engenho de açúcar. O engenho produzia e organizava o espaço para o senhor do engenho, e não para a coletividade, dificultando a formação de embriões de cidades.
c) O espaço criado pela agroindústria canavieira e pela mineração correspondem à tipologia de “espaços voltados para o mercado externo”; e o da pecuária, a “espaços voltados para fora de seu próprio espaço e articulado com os voltados para o mercado externo”

quarta-feira, março 18, 2009

Saga da Amazônia (Vital Farias)
Era uma vez na Amazônia a mais bonita floresta mata verde, céu azul, a mais imensa floresta no fundo d'água as Iaras, caboclo lendas e mágoas e os rios puxando as águas Papagaios, periquitos, cuidavam de suas cores os peixes singrando os rios, curumins cheios de amores sorria o jurupari, uirapuru, seu porvir era: fauna, flora, frutos e flores Toda mata tem caipora para a mata vigiar veio caipora de fora para a mata definhar e trouxe dragão-de-ferro, prá comer muita madeira e trouxe em estilo gigante, prá acabar com a capoeira Fizeram logo o projeto sem ninguém testemunhar prá o dragão cortar madeira e toda mata derrubar: se a floresta meu amigo, tivesse pé prá andar eu garanto, meu amigo, com o perigo não tinha ficado lá O que se corta em segundos gasta tempo prá vingar e o fruto que dá no cacho prá gente se alimentar? depois tem o passarinho, tem o ninho, tem o ar igarapé, rio abaixo, tem riacho e esse rio que é um mar
Mas o dragão continua a floresta devorar e quem habita essa mata, prá onde vai se mudar??? corre índio, seringueiro, preguiça, tamanduá tartaruga: pé ligeiro, corre-corre tribo dos Kamaiura No lugar que havia mata, hoje há perseguição grileiro mata posseiro só prá lhe roubar seu chão castanheiro, seringueiro já viraram até peão afora os que já morreram como ave-de-arribação Zé de Nata tá de prova, naquele lugar tem cova gente enterrada no chão: Pos mataram índio que matou grileiro que matou posseiro disse um castanheiro para um seringueiro que um estrangeiro roubou seu lugar Foi então que um violeiro chegando na região ficou tão penalizado que escreveu essa canção e talvez, desesperado com tanta devastação pegou a primeira estrada, sem rumo, sem direção com os olhos cheios de água, sumiu levando essa mágoa dentro do seu coração Aqui termina essa história para gente de valor prá gente que tem memória, muita crença, muito amor prá defender o que ainda resta, sem rodeio, sem aresta era uma vez uma floresta na Linha do Equador...

LETRA DA MÚSICA SAGA DA AMAZÔNIA

FORMAÇÃO TERRITORIAL DO BRASIL - O ESPAÇO COLONIAL BRASILEIRO - AULA 1 e 2

A produção do espaço colonial
1.1 – A frente de expansão da economia açucareira e a ocupação da região litorânea:
As primeiras mudas de cana-de-açúcar chegaram ao Brasil por volta de 1531, com Martin Afonso de Souza, dois anos depois surgia o primeiro engenho em nosso país na Vila de São Vicente (atual litoral paulista).
Algum tempo depois, a lavoura canavieira foi introduzida na Zona da Mata Nordestina, onde fatores especiais, entre eles: o clima quente e úmido, o relevo levemente ondulado, solos férteis (do tipo massapé) e a proximidade com a costa, favorecendo o enquadramento da atividade no contexto mundial da economia da época, dando rentabilidade à metrópole.
Na segunda metade do século XVI, a lavoura canavieira havia se fortalecido na Bahia e em Pernambuco onde vastos latifúndios, monocultores, cultivados por mão-de-obra escrava, dotados de engenho constituíam a base da empresa agrícola colonial. No espaço do engenho, a organização era feita da seguinte maneira: uma parte da fazenda destinava-se à produção de açúcar, outra era voltada para a lavoura de subsistência e uma outra parte era utilizada para o cultivo do pasto, o boi era para alimentação e animal de tração, uma vez que transportava as caixas de açúcar para os portos de Recife e Salvador, esses centros eram elos de ligação entre as regiões produtoras e os mercados consumidores de Além-Mar, por isso sediavam as principais instituições administrativas e comerciais da colônia. Durante o século XVII, o sucesso comercial do açúcar foi tanto que, a cana pressionou o gado, este foi expulso das áreas nobres do litoral para o interior, tendo início a ocupação do Sertão. Essa interiorização partiu principalmente de duas correntes povoadoras, uma partiu da Bahia e a outra que partiu de Pernambuco, a que saiu da Bahia penetrou através do Rio São Francisco “Rio dos Currais”, para os índios, essa penetração foi sinônimo de extermínio, pelo menos para os que reagiram à expansão.

1.2 – A economia mineradora e a expansão territorial para o interior:
a) Contexto: Século XVIII.
b) Espaço: Interior do espaço brasileiro como os estados de Minas Gerais (Sudeste), Goiás e Mato Grosso (Centro-Oeste).
Os fatores que definiram a atividade mineradora no Brasil, bem como a descoberta dos minérios, estão atrelados ao contexto internacional da época, bem como as situações específicas da colônia, especial da região do litoral vicentino, onde houve uma decadência da atividade canavieira ainda no século XVI.
No contexto internacional, os problemas sucessórios dentro da Europa que envolveram Portugal e determinaram após conflitos assinatura de Tratados que fortaleceram a Inglaterra, colocando Portugal na órbita de influências da economia inglesa, que buscou alternativas daí o incentivo à busca de metais preciosos. Do ponto de vista interno, também outros fatores contribuíram para a penetração nos sertões de Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso, entre eles: o fracasso da empresa agrícola exportadora, a queda nos preços do açúcar em vista da concorrência com o açúcar antilhano e o declínio das bandeiras de apresamento. Já no final do século XVII encontram-se as primeiras jazidas importantes de ouro.
A organização espacial da colônia mudou bastante, durante o ciclo da mineração, pois ocorreu o deslocamento do centro econômico da colônia do Nordeste para o Centro-Sul, uma outra mudança significativa foi o surgimento de vários núcleos urbanos no interior, fluxos populacionais também se dirigiam para os sertões de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, levando a um alargamento significativo do território brasileiro, outra mudança diz respeito à circulação, pois devido ao circuito dos metais o porto do Rio de Janeiro, transformou-se na boca das minas.
Uma das preocupações evidentes durante o Ciclo da Mineração é a escalada da fome, em decorrência do não comprometimento da atividade com a sociedade brasileira.

1.3 – A inserção da Amazônia ao espaço colonial português:
a) Contexto: Séculos XVII e XVIII
b) Fatores: No inicio da colonização o estado português preteriu a Amazônia em função da distância em relação à capital (Salvador) e das características naturais (floresta exuberante e clima quente e úmido) que dificultavam a implantação de uma infra-estrutura necessária à exploração. Entretanto a presença de outras potências européias na região, como França e Inglaterra, obrigaram Portugal adotar uma estratégia territorial para garantir a soberania sobre a região, através da (o):
• Fundação de fortes: A partir do século XVII o estado português iniciou a construção de fortes na embocadura do rio Amazonas e na confluência com os principais afluentes que deram origem a importantes cidades como: Belém, Macapá, Santarém, Óbidos e Manaus. Esses fortes tinham a função de rechaçar o avanço de outras potências européias, além de garantir a soberania, ou seja, a posse da região para Portugal.
• Estímulo à expansão das missões jesuíticas a incorporação do hinterland amazônico: A pequena disponibilidade populacional e a falta de recursos levaram o estado português a autorizar o processo de catequização dos povos nativos, através da fundação dos aldeamentos e vilas na confluência dos principais afluentes do rio Amazonas. Esses aldeamentos, que deram origem a cidade como Santarém, Óbidos, Tefé eram núcleos para onde os índios eram levados visando a catequização. Ao lado disso os jesuítas utilizaram a mão-de-obra nativa para a coleta das drogas do sertão, o urucum, boldo e canela, que representou a primeira atividade mercantil da região.
• expansão da agricultura e do comércio: Em 1750 o estado português criou a companhia geral do Grão-Pará e Maranhão e adotou medidas que geraram grandes transformações na região:
- Doação de grandes propriedades (sesmarias) a colonos e soldados visando estimular a expansão de agricultura
- A introdução do trabalho escravo para viabilizar o incremento da produção agrícola de cacau, café e algodão.
- O estímulo a expansão da pecuária nos campos do Marajó, baixo amazonas e em Roraima.
• A organização de uma incipiente rede urbana dendrítica: do início da colonização até meados do século XX a organização do espaço amazônico foi caracterizado pela relação de dependência das vilas e povoados distantes das cidades maiores como Belém e Manaus. Essa relação era intermediada por barcos, chamados de regatões, que levavam bens manufaturados da capital para o interior e traziam matérias-primas do interior para a capital.

1.4 – Transformações decorrentes da apropriação do território durante o período colonial em decorrência das economias açucareira e mineradora:

a) A incorporação definitiva do território brasileiro à divisão territorial do trabalho durante o mercantilismo, como fornecedor de produtos agrícolas tropicais de exportação e minerais preciosos. A colonização nos seus três primeiros séculos inseriu o território brasileiro à economia mundo de uma forma periférica.

b) A concentração fundiária nas mãos da aristocracia rural, devido aos sistemas de sesmarias, pois as melhores terras eram entregues aos grandes proprietários, em detrimento dos camponeses (brancos pobres ou índios aculturados), que não eram reconhecidos pelo estado português e por isso ocuparam desde os primórdios da colonização as piores terras.
c) A concentração populacional na faixa litorânea, com a fundação de cidades em contraste ao interior (sertão) que permaneceu apropriado pelas nações indígenas ou pela pecuária. A fachada litorânea permanece densamente povoada nos dias de hoje (aproximadamente 2/3 do território). A forte concentração demográfica no litoral está diretamente relacionada à dependência do país ao mercado externo, que contribuiu decisivamente para a concentração de capitais, pessoas, órgãos do estado desde o período colonial nos núcleos urbanos costeiros, a exemplo de Salvador, Recife, Rio de Janeiro dentre outros.

d) O desenvolvimento da pecuária no interior (sertão), através, dos rios perenes da região (São Francisco e Parnaíba), com base no latifúndio. Essa atividade possibilitou a incorporação, mesmo que precária do sertão ao espaço colonial. Por outro lado, serviu como elemento de auxílio ao desenvolvimento da economia açucareira, fornecendo carne bovina (carne de sol), couro e força motriz para os engenhos açucareiro. A partir do século XVII com a mineração a pecuária experimentou um crescimento com a criação de caminhos de gado e tropas de mulas em dois eixos, um fluvial (via rio São Francisco) outro terrestre (via interior de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), direcionados às cidades, região mineradora (Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso).

e) A ampliação e a conformação do território com a incorporação das terras ocupadas durante as entradas e bandeiras, através do Tratado de Madri (1750), que substituiu o Tratado de Tordesilhas, triplicando o território brasileiro e imprimindo a grosso modo os traços de fronteiras existentes até o dia de hoje.

f) A economia colonial gerou uma organização espacial caracterizada pela forte concentração demográfica e econômica no litoral em detrimento do interior. Naquele estavam a “civilização”, as plantations açucareiras, as cidades, os portos. No “sertão” uma sociedade rude e um povoamento rarefeito e disperso, que dificultava qualquer controle. Ao lado disso, os núcleos geoeconômicos eram isolados um dos outros (cada um possuindo um sistema de transporte fluvial e portos próprios), sem articulação entre si e voltados para o mercado externo, configurando uma estrutura espacial de “arquipélago”.

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Exercícios
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01 - (FAAP-SP) A colonização portuguesa no Brasil é caracterizada por uma ampla empresa mercantil. É o próprio Estado metropolitano que, em conjugação com as novas forças sociais produtoras, ou seja, a burguesia comercial assume o caráter da colonização das terras brasileiras. A partir daí os dois elementos – Estado e burguesia – passam a ser os agenciadores coloniais e, assim, a política definida com relação a colonização é efetivada através de alguns elementos básicos que se seguem: dentre eles apenas um não corresponde ao exposto no texto; assinale-o.

a) A preocupação básica será a de resguardar a área do império colonial diante das demais potências européias.
b) O caráter político da administração se fará a partir da metrópole e a preocupação fiscal dominará todo o mecanismo administrativo.
c) O vértice definidor reside no monopólio comercial.
d) A função histórica da colônia será proeminente no sentido de acelerar a acumulação do capital comercial pela burguesia mercantil européia.
e) A produção gerada dentro das colônias estimula o seu desenvolvimento e atende às necessidades de seu mercado interno.
02 – (UEPA) No processo de povoamento do Brasil, as migrações internas sempre tiveram um papel de destaque, uma vez que existe grande mobilidade na população brasileira. Destaca-se como resultado desses movimentos migratórios.
a) O povoamento da região sul no início do século por trabalhadores oriundos das regiões norte e nordeste.
b) A ocupação das áreas periféricas à zona açucareira nordestina, no período de expansão do produto, ao final do século XVI por pequenos produtores não escravos.
c) O deslocamento de levas sucessivas de nordestinos para a construção de Brasília no centro-oeste no final do século XIX.
d) A penetração do gado bovino pelo litoral nordestino seguindo sempre a direção oeste-leste.
e) A ocupação do planalto meridional no século XVIII, principalmente pela população da Amazônia durante a fase áurea da mineração.

03 - No decorrer do processo histórico-econômico do Brasil, particularmente no período colonial, o povoamento e a estruturação dos espaços do território nacional possuem grande relação com a criação de “áreas de atração populacional” e “áreas de repulsão de população”. Cite dois exemplos ocorridos no Brasil-Colônia de cada uma dessas áreas discutindo, ao mesmo tempo, as principais características dessas áreas no período colonial brasileiro.
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